Sexta passada coloquei um conteúdo sobre álcool x inimigo e uma citação sobre Jesus. Causei na rede, o post foi um misto de sucesso com pitadas de revolta, e algumas pessoas ficaram realmente ofendidas. Desconfio que Jesus não ficaria, também acredito que ele tem coisa muito mais importante para se preocupar do que uma piada besta que ele nem era o protagonista, entretanto, essa é a minha honesta opinião. (Foco, Daniela, eu sei que sou meio Forrest Gump.) Enfim, nos comentários desse bendito post alguns me escreveram deixando de seguir, e num momento de irritação mandei um vai com Deus, agora pensando melhor deveria ter sido que Jesus te guie. (Por que as boas respostas só aparecem depois?) Porém, tudo isso me fez pensar em como me relaciono com a parte boa e ruim de ter o perfil @blog40tinha.

Seguidor, curtida, encaminhamento é moeda de troca com os usuários nas redes. Oferecemos algo, eles compensam com engajamento. Engajamento é o nome dessa interação, quanto mais temos, aumenta a importância do usuário/perfil na rede. Toda essa dança aumenta a visibilidade, e assim, mais pessoas curtem, novos encaminhamentos, e ganhamos seguidores. Eu tive meu momento, pulei de 10 mil seguidores para 100 mil em poucos meses. Confesso que acho um número impressionante, fazendo uma correlação, é um estádio de futebol (dos grandes) ou todos os espectadores de um dia do Rock in Rio. É gente pra burro, mas nem todo mundo vê ou lê, e é aí que entra a pegadinha do algoritmo. É preciso engajar sempre para continuar ser visto organicamente. E se isso não acontece, o perfil perde valor, aparece menos e a interação cai, os seguidores diminuem e tem que segurar o que já se tem. Cansativo esse ciclo, e se não tiver muito equilíbrio, ficamos refém. É normal perder seguidores, não agradar todo mundo, somos seres únicos e cada qual tem suas crenças e valores. Mas e a vaidade aceita? Acho que isso explica, a inovação constante das próprias redes, as modas que viralizam e o excesso de alguns.

E aí galerinha do meu canal, gostaram da aula sobre redes sociais? Já falei que trabalho com isso? Podem me contratar. Mas pensando bem, e se cada um dos seguidores me mandasse 1 realito? Ou aparecesse um patrocínio bacana? Imaginem que lindo que meu saldo ficaria?! Cairá muito bem no meu orçamento. Dito tudo isso, vamos ao que importa, pulem para o próximo parágrafo.

Criei alguns escapes durante a vida para me aliviar da rotina diária e ter um momento meu. O blog foi um deles, e o perfil no insta e face surgiram para divulgá-lo, entretanto, as prioridades se inverteram. O Insta vicia, minha irmã me alertou que isso viciava e não acreditei. Vicia sim, é um exercício diário de humildade e realidade para não me deixar afetar por números, comentários, curtidas e inbox.

Recebo mensagens muito bacanas, com elogios e agradecimentos. Elas deixam o coração quentinho e me lembram que por menor que possa parecer, podemos fazer diferença para alguém. Porém, às vezes me sinto desconfortável, tenho dificuldade em aceitar elogios, acho que é síndrome do impostor. Contudo, também já recebi mensagens tristes de pessoas querendo compartilhar suas dores, nessa hora vejo como existe solidão nesse mundo. Ah e já fui xingada, olha que chique #sqn, tenho haters. Não alimento energia ruim, bloqueio na hora. Um dia desses fui chamada de famosa 🤔. Famosa, moi? Nope, ser famosa no Instagram é como ser rica no Monopoly, não é real, não tenho nada de excepcional. Acredito que sou espelho de quem passa os mesmos perrengues que eu, e vê graça ou sentido no que publico.

Por que as pessoas se dão ao trabalho de ir até um outro perfil para vomitar palavras ruins gratuitamente? Vemos isso o tempo todo nas redes. Quando vamos nos conscientizar que afetamos uns aos outros, e que há de se ter muito cuidado com o que falamos, agimos e postamos? As telas deixam as pessoas ousadas, corajosas e mal-educadas, acham que elas são uma blindagem para as consequências de suas ofensas. É triste pensar que são muitas pessoas com sérios problemas de saúde mental por conta da hostilidade nas redes. Mais empatia, pelamordadeusa. Acredito que devemos fazer um crivo quando abrimos as santas boquinhas: é verdade, é necessário, e o principal, a pessoa pediu a minha opinião?

(reflexão momentânea)

Tanto o blog, quanto o insta, me dão satisfação pessoal. Gosto do que escrevo, adoro ser lida, e me divirto demais com as besteiras que posto no dia a dia. Fora a atenção que recebo, é bom uma massagem no ego, sua humana oras. E como humana já me senti muito sozinha e todo esse envolvimento com pessoas, mesmo que estranhas, me deu conforto também, é uma via de mão dupla.

Mas tudo isso é ilusão, sabe? Redes sociais são irreais, uma ilusão divertida, porém mera cortina de fumaça. A minha vida se mantém igualzinha, minha conta bancária também, e me esforço para não me esquecer e manter o foco no real, na tal vida offline. Vida é olho no olho, mesmo que seja por uma vídeo chamada.

One Comment

  1. Eu queria saber por que fazem questão de AVISAR que vão parar de seguir quando se deparam com um post que não gostaram? Será uma ameaça na expectativa de que alguém implore pra eles ficarem?! É como se estivessem falando: -Eeeiii!!!! Vou embora! Pede pra eu ficar?? Me pede perdão? Se você pedir eu fico!🤣🤣🤣
    E quanto aos haters, isso mostra uma boa parcela da humanidade adoecida, gente carregada de frustrações e conflitos internos, de caráter corrompido, externalizando isso em forma de ódio nas redes sociais. É pra lamentar, mas também pra exercermos a nobreza de sentir compaixão por essas criaturas (mimizentas) que devem estar em profundo sofrimento pelos seus próprios fracassos. Que horrível deve ser não conseguir desfrutar da leveza da vida, não conseguir achar graça em tudo, enxergar sempre o lado negativo e viver com uma criticazinha bem na ponta da língua. #OremosaJesus Rs.
    Ótima reflexão, Dane!
    Um beijo!😘

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