Portas e caminhos

Li, tempos atrás, o livro Matéria Escura, um daqueles de não largar enquanto não acaba a última página. Um triller que conta a estória de um homem e sua tentativa de voltar para sua realidade, não vou dar spoiler rs, vale a pena ler.

Esse livro me fez pensar, e bastante, quais opções eu tive na vida e quais escolhi. 41, quase 42, não é muito porque sou “xovem”, mas tenho algumas histórias para contar. Quantas das minhas escolhas foram conscientes, quantas afobadas ou impulsivas, quantas fiz por mim e quantas foi para agradar o outro? Melhor nem continuar porque já ouço o galope de uma autocrítica chegando e isso é bem cansativo.

Enfim, escolhas e acontecimentos, grandes ou aparentemente sem importância, podem ser determinantes no futuro. As portas que abrimos, os caminhos que seguimos, mesmo que inconscientemente, foram devido a algum passo tomado. E pensar nisso dá um peso tremendo no presente. O que estou fazendo agora e como isso vai se mostrar daqui um tempo? E o medo de estar fazendo uma baita merda, onde fica? Já pensou o que você fez hoje e se algum desses atos pode modificar muito seu futuro? Exemplo, conhecer algum novo contato profissional, ler algo que te dê uma ideia de um novo projeto, ver uma foto de um lugar e querer conhecer, ou cruzar alguém e cair de amores. E estou comentando só coisas boas que poderiam acontecer, palmas para a otimista aqui, pensar coisa ruim, atrai, aprendam logo essa lição. Voltando… a vida é cheia de acasos, mas hoje vejo o quanto é necessário um plano, meta, sonho, chamem como quiserem. Por mais que a vida mude, e ela muda (sempre), é necessário termos um rumo, ou como alguns chamam de ser pé no chão, com consciência e atenção no agora. Se não vão chamar de destino, e pra mim, existem sim acontecimentos especiais que não podemos explicar, mas a maior parte dos ditos “destinos” são pura falta de atenção do protagonista. A consciência do livre-arbítrio, de que somos responsáveis por nossas escolhas e vida não me deixam ser romântica nessa questão. A minha vida é como se apresenta hoje por um único motivo, eu que escolhi assim e ponto.

No final das contas vivemos o que é necessário para nosso crescimento como humanos. Olho meu passado com empatia e gratidão, e me vejo uma pessoa muito melhor, principalmente no quesito amor próprio (me amo e respeito muito mais que há um ano, imagina então há vinte?) Cresci, mesmo com todas as minhas cagadas, porém não pretendo repeti-las rs. As portas que abri, todo esse caminho que percorri, me trouxeram até aqui e que mulher porreta me tornei.

Mas sigamos com o baile, o que vai dar lá na frente, só vamos saber daqui um tempo. Bora descobrir vivendo?!

Beijos no ❤

D.

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