Menos uma a comer?

A vida, essa coisinha engraçada, pode acabar assim… pronto acabou.

Hoje soube a morte de uma conhecida, não tive muito contato, mas para comigo sempre foi só sorrisos e gentilezas. Independente de tantos credos do que acontece após a morte, ou não, eu creio que ela cumpriu o que deveria fazer por aqui. Mas e os que ficam? Desses sim me compadeço. O sofrimento alheio, até de quem não conheço, me comove.

Um dia me falaram que quando alguém morre, é menos um a comer, entendi que é uma banalidade, todos morremos e perdemos nosso posto por aqui. Hoje discordo, a morte de alguém, ou melhor a vida de alguém, nunca é banal. O sofrimento que vi hoje e já vi outras vezes, prova que nunca é banal, mas comum. Tocamos pessoas nessa jornada, partilhamos experiências e essas memórias e alguns ensinamentos ficam, permanecem em nós. As pessoas não morrem de todo, uma parte fica sempre por aqui, boa ou ruim. O que vi hoje foi de coisas boas, sem a santificação dos que morrem e sim afeto genuíno.

Semana passada, a queda do prédio, a cena do rapaz que quase foi resgatado, hoje, uma morte não anunciada. Me lembrou uma parábola de Buda, dos quatro cavalos. O que só ouve o chicote, foi o do prédio, e hoje foi um pouco mais perto de mim. Precisamos mesmo levar a açoitada no osso para revermos nossa vida e passar a viver plenamente? Espero que não, pelo menos estou tentando que não.

E você vai precisar da açoitada ou o mero barulho do chicote basta?

Fiquem bem! 😘

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