Felicidade Facebookquiana

Não se enganem coleguinhas nem tudo é tão dourado quanto aparenta ser, o que reluz demais normalmente é ouro de tolo.

Vejo muitas pessoas se expondo demais nas redes sociais e logo penso: é felicidade aqui, acolá e por todo lugar. “Olha como sou feliz, como tenho amor, filhos maravilhosos, um relacionamento perfeito, uma vida social bárbara, ahhh como amo minha vida.”

Sorrisos montados me lembram máscaras e máscaras escondem algo, tenho as minhas, sei como é, já dei muitos sorrisos em momentos que me sentia uma grande M. Meros mortais como nós, não são felizes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eu por exemplo tenho tantas questões internas e externas, que até me canso de ser eu.

Deixo de seguir pessoas que aparentam a tal felicidade, sem dó, pelo simples fato que me fazem me sentir inadequada. Óbvio que não é todo mundo, vibro e torço quando vejo algo genuíno, me cansam aquelas forçadas, insistentes, tipo propaganda política.

Algumas felicidades “reais” às vezes me incomodam também, mas está mais pra melancolia e uma fase chata da vida. “Como assim? Só eu me fxdo nessa vida?” Soou a inveja, né?! Bom, sou normal e também tenho a minha sombra, ando numa fase de olhar pra ela, fazendo um cafuné na sua cabeça e me aceitando falha, como que sou.

Deixo com vocês um trechinho do Poema em linha reta do Álvaro de Campos, vulgo Fernando Pessoa, que demonstra que se mostrar real e humano não é comum nos tempos de selfies.

Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

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