Aproveitei a oportunidade e me isolei. Já perdi as contas de quantos dias estou trancafiada em mim, fazendo pouco contato com o exterior e muitas das vezes sou obrigada.
Não enxergar o outro às vezes é um ato de egoísmo ou autopreservação, acho que me encaixo na segunda opção com pitadas da primeira. Poucos são os que deixo entrar em meu infinito. Gosto da solitude, é viciante, entretanto, me recuso ser só. Mas estou sucumbindo nestes dias de #ficaemcasa.
Ensimesmada com minhas questões, sentimentos, angústias, medos, desejos e sensações. Na tarefa árdua de autoconhecimento, cheguei em becos. Nessas horas olho pro alto e peço ajuda. Pedi ajuda, pros astros, pras pedras, pras cartas, as minhas prediletas, pras músicas, pra mim e por fim, pros outros. Enfim, não sou uma ilha.
Não é dor nem tristeza, é um falatório mental, falta senso de direção, desfoque mental do tangível, do que na minha razão seria o importante. Sim, o intangível está gritando.
Pareço bem e estou bem mas com um toque de “cuma?!?!!”, que diabos está acontecendo com o dito normal? Nem sei se o meu normal serve mais, está apertado e incômodo, me sinto presa em armadilhas internas que criei. Acho que estou fazendo essa “oitentena” direitinho.
Cura é a palavra-chave desta minha eterna busca pessoal, autoestima, o coração, a alma e a mente em equilíbrio. Mudanças precisam ocorrer, cansei da minha autossabotagem. Quero silêncio nesta mente tagarela, inveja dos budas.
Todavia, a boa notícia é que pelo menos as minhas roupas ainda me servem, ufa, alguma coisa, ia ser custoso demais renovar o guarda-roupa. Meu vício atual é pensar, demais.