Que saudade é essa que sinto, afrouxa, aperta, consome, agrega, distrai e lembra.
Que saudade é essa que lembra as horas impróprias, que não devo, que é um erro, errado, injusto, infeliz, minha insignificância, que não posso, não devo e o que não terei.
Que saudade é essa que não se vai, que estraga, que desmitifica, que corrói, que desassossega, que assusta, que fez ninho.
Que saudade é essa que nem o tempo apaga, este mesmo tempo, que só levou algumas peças desse quebra-cabeça e as que faltam mostram a possibilidade, o que não existiu, uma suspeita, o incompleto, o fracasso.