A Saudade e a Vontade são irmãs

Entre tantos projetos e funções, a saudade persiste. A intensidade do início perdeu lugar para a distância, um oceano tomou seu lugar, o que antes era pequeno agora é fato, a possibilidade virou ausência. Foi estabelecido assim e sinto que minhas tentativas foram ineficazes. Um tijolo de cada vez, quando me dei conta o muro estava pronto.

Mas a saudade, essa ardilosa, fez casa aqui. As conversas sem fim, o carinho disfarçado, discussões sobre história e filosofia, ironias inteligentes, contos deliciosos de além mar e o foda-se absolutamente ligado. Estas lembranças me invadem no meio de uma música sem avisar, já tenho uma trilha sonora completa. Os arquivos são abertos aleatoriamente, uma imagem, um video ou um contrato não finalizado. Porém, o que antes era incomodo sentir, agora faz parte da história, não brigo mais, são lembranças boas.

Mas a saudade tem uma irmã gêmea, a vontade, e esta ainda quer novas lembranças, outras conversas e infinitas possibilidades. E minha gente, como é tinhosa e teimosa. Porém a essa não dou ouvidos, vai se calar com o tempo, decidi assim.

Os dias passam, os planos aos poucos colocados em prática, as funções se acumulando e quando vejo, estão as duas irmãs a bater na porta novamente, gritando – ohh de casa?!