Gota a gota
O gotejar continua, uma a uma, e ele dorme, pessoas entram e saem da sala e eu ainda em sua frente, escrevendo.
O gotejar continua, uma a uma, e ele dorme, pessoas entram e saem da sala e eu ainda em sua frente, escrevendo.
Nego-me a me submeter ao medo que me tira a alegria de minha liberdade, que não me deixa arriscar nada, que me toma pequeno e mesquinho, que me amarra, que não me deixa ser direto e franco, que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação, que sempre pinta visões sombrias.No entanto não quero levantar barricadas …
Enjaulada. O corpo recusa-se a mover. O grito se cala no peito seco. Desejo sair de mim, fugir pra onde não exista pressão. Falta ar, chão, alento, coração. Transbordo incertezas. A couraça está quebrando. Buracos cheios de vazios. Endureci, senti tanto que não sinto nada.