Um pouco de nada

Sempre acordo cedo no domingo. Durante a semana é um sacrifício sair da cama, mas domingo que em teoria poderia ficar na cama, os olhos abrem e quem disse que querem fechar?!

Quando os meninos estão comigo eles tratam de me tirar da cama e querem tetê, desenho e carinho. Quando estou sem eles, é o barulho dos sobrinhos que me acordam, normalmente tem crianças aqui em casa. 

Mas o que eu quero pra fazer nesse dia? Um pouco de nada.

Porém o dever sempre me chama, uma louça suja na pia, uma roupa pra lavar, um almoço pra ajudar. E assim na hora que eu vejo o domingo passou, o finde acabou e eu fiz mais coisas que durante um dia da semana. 

Meu desejo atual é horas de contemplação da beleza da vida, horas de reflexão, ou simplesmente horas de preguiça mesmo. Qualquer uma tá valendo, ok?!

Mãe solteira procura

Não sei se quero um namorado, um amor ou meu amor próprio mesmo. 

Tenho fome de amor, fome de borboletas no estomâgo, de falta de ar, do nervoso antes de ver, do coração completo e aquecido.

Quero me sentir viva novamente, de não sentir aquele vazio da sexta ou sábado a noite. Do bom dia e do boa noite de todo dia. Do compartilhar, da troca, do importar e do querer por perto.

Faço isso com minha família e amigos, mas pq cargas d’águas tem que vir de um amor romântico? Essa pergunta é frequente, essa questão de que pq alguém na minha vida é tão importante pra mim. 

Mas pra ser bem clara, não é qualquer um que serve. Não é qualquer bom dia que eu quero. Eu quero tudo, o pacote completo e não vou me contentar com pouco. Me recuso, pareço criança batendo o pé. 

Mas agora o pacote é outro. Não tem que ser bom só pra mim.  Agora tenho outros pra me preocupar. Em resumo: tô fudida.  😂😂😂

Bem cuidada

“Sinto que nessa fase da vida, estou me tornando quem eu deveria ter sido a vida inteira.” Jane Fonda

Gentem, quero ser a Jane Fonda quando crescer. Que mulher bonita e bem cuidada. Fico pensando cá com os meus botões, a vida que levamos reflete na aparência. Não digo o óbvio que é alimentação, protetor solar, etc. E sim, se levamos a vida leve, e se a vida é leve com a gente também.

Conheço pessoas com a minha idade que se parecem muito mais velhas, muito mesmo. Tenho a genética boa, não tenho do que reclamar. Minha vida teve altos e baixos, vários problemas. Mas não foi sofrida, se por na balança tem mais coisa boa que ruim. Será que isso conta? Ou a forma que encaramos os problemas faz a diferença?

Os últimos anos foram difíceis pra mim, apareceram muitos cabelos brancos, rugas que não existiam e tal. Fiquei doente algumas vezes, qualquer dia acho que viro o frankstein de tanta cirurgia que já fiz nessa vida. Mas o que mais me preocupa é o olhar triste no espelho, o reflexo de que não estou feliz. A felicidade aparece na pele.

Estou buscando com afinco o meu amor próprio, difícil de achá-lo quando nos negamos se amar durante tanto tempo. Aos poucos estou conseguindo, baby steps, minha gentem, baby steps. Mas me considero melhor agora que adolescente, ou “jovem”, tenho uma coisa que não tinha antes, meu aval. Meu aval pra ser quem eu quero ser e não fruto do meio ou para agradar. Cansei de ser a boazinha, querida e compreensiva o tempo todo. Engolir sapos também dá rugas, e dessas quero passar longe.

Dá-lhe creminho da Vichy, fé e otimismo!