Mães perfeitas? Nãoooo

Hoje, esperando na entrada da escola do meu filho, me perguntei porque eu não sou de ter conversas com outras mães.

Nunca fiz um rol de amizades entre as mães das escolas que os meus filhos estudaram. Salvo raras exceções, em que uma ou outra mãe, se tornaram amigas no sentido real da palavra, nunca tive muita paciência para o papo materno. Aliás, pensando bem, minto, participei de um grupo seleto de porta de escola, quando morava em outra cidade e estava sozinha e infeliz, mas lembro de muitas vezes me sentir idiota e desencaixada, mas uma amiga em especial salvava esses encontros.

Perfeição acho que a palavra, nunca me enquadrei no papel de mãe perfeita, aquelas de propaganda de margarina, sabe? Sou mãe e ponto, faço meu melhor, cuido, alimento, visto, educo, mas falar de brinquedo da moda ou de dor de barriga de criança não é um assunto que não me interessa. Acredito que cada criança é uma, como qualquer adulto, e acho enfadonho ficar discutindo assuntos infantis. Priorizo meu parco tempo com coisas mais interessantes.

Fora que mães são cruéis umas com as outras, rola um julgamento lascado, aquele olhar de cima abaixo, manja? Já vi alguns pra mim.

E comparar as crianças?! Que coisa mais horrível, cada criança tem seu ritmo de aprendizado. “Porque meu filho já conta até 10 em inglês, japonês, alemão.” Aff … que competição besta, você só deixa a outra mãe infeliz e preocupada. E como sempre digo mãe é sinônimo de culpa, já fazemos isso muito bem sozinhas, não precisamos de ajuda de terceiros. É muito cruel fazer isso com outra pessoa, pior ainda com uma mãe, que normalmente se preocupa de verdade com o filho e seu desenvolvimento.

E as professoras? Como sofrem rs. Reuniões de pais é normalmente uma tortura para mim, a vontade inicial é não ir, mas não posso, e me obrigo Quando já estou lá, penso em desculpas para uma fuga, falta coragem. E sempre no meio destas reuniões tenho que controlar uma  crise de riso diante de certas colocações. Professoras são guerreiras, sou fanzoca de vocês (me imaginem fazendo um coração com as mãos rs)!

E a fofoca na porta da escola, falando de outras mães, crianças e professoras? Meu Deus, quanta perda de tempo. Não tem um cesto de roupa para lavar? Louça na pia? Ler? Ver Netflix? Humm… trabalhar? Qualquer coisa, menos falar da vida alheia.

No final das contas tenho meus preconceitos (argh) e não sou tão simpática como imaginava.

Enfim, me julguem.

Beijos no coração da chata que vos fala!

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