Quinta-feira deixa o povo das redes saudoso, acho que é essa pandemia que nos castrou tanto. Hoje é dia de #tbt, de se exibir nas redes. Dia de ser lembrado, ser invejado, de ver e ser visto. Dia de jogar pedra na lagoa e ver em quem chega a marola.

Nessa lagoa as marolas estão ressoando? Quando foi a última vez que alguém te enxergou? Sem máscaras, sem artifícios, maquiagens, lado bom, lado ruim e ainda assim ficou e quis ver mais? Ou está desperdiçando pedra na lagoa errada?

Curiosamente, já faz alguns dias que estou nostálgica, a memória voltou insistente. Tipo música chiclete, que você nem nota e está cantando… de novo. Eu desisti de cantar. Contudo sobraram lembranças traiçoeiras que me comovem, destas só tenho flashes, a maioria das fotos se perderam nos fatos. O que escolheria para este #tbt? Tenho dificuldade com renúncias e escolher é difícil pra mim, provavelmente postaria um carrossel com as melhores. Nessa ordem: passos rápidos num corredor, o abraço apertado da espera, um beijo de canto, os sorrisos de orelha a orelha, a incredulidade do momento e o principal: ser enxergada, vista e sentida. O mundo parou pra eu me sentir plena.

A melodia cessou. Desperta do sonho, vejo migalhas, nó na garganta e molduras vazias. Não dá pra viver de sobras, nem de #tbts. O viver clama atenção.

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