Muitos pensamentos passam pela cabeça ao acordar, resquícios de sonhos, sensações, ideias. Acordo com vontade de ser abraçada. Não é de um simples abraço e sim do abraço. Normalmente sou eu que abraço, o quero é ser abraçada. Muitos abraços de certeza, abraços que ficam, abraços que preenchem e acolhem.
Carência bateu na porta e falou: Helloooooooo, olha quem voltou!
Já ouvi milhares de vezes que preciso ser mais autossuficiente, ter amor-próprio, me curtir, valorizar e aprender a ser feliz sozinha. Quer uma fofoca que não é fakenews? Gente, já aprendi, na marra, na dor, na experiência, e com honra ao mérito. Já tenho pós, mba, mestrado, pós doc, estou quase uma PhD em ser sozinha. E tudo bem, estou em paz com as minhas escolhas.
É fácil? Nope, mas não troco meu cobertor com Netflix por uma companhia meia boca.
Tem hora que cansa? Cansada estou, cansada estou, é tempo de mudar… (leia cantando com a melodia da Frozen).
Dá invejinha dos casais? Dá, mas é só até ver a primeira picuinha.
Vou ficar com o primeiro que passar? Não, já fiquei com o primeiro, com o segundo, o terceiro, vixe, melhor parar aqui.
Então está reclamando de quê? Reclamando da demora da metade do meu limão aparecer na minha vida (laranjão já tive, quero mais não).
É pedir muito um humano bacana chover na minha horta? Nope. Vem cá, vem, está demorando. Quero um abraço apertado, um suspiro dobrado e um amor sem fim.
Sei que uma hora esse abraço chegará, contudo, agora é tempo de paciência. Ahh, mas a bendita paciência, essa sim, é uma coisa que alguém pegou e esqueceu de me devolver. Vem cá, paciência, vem.